Académicos da UEM debatem a mitigação da poluição plástica

Académicos da UEM debatem a mitigação da poluição plástica

A Faculdade de Educação da UEM organizou, esta segunda-feira, uma Mesa Redonda alusiva ao Dia Mundial do Ambiente, evento que abriu espaço para a reflexão e partilhada de ideias em torno dos desafios da educação ambiental na mitigação da poluição plástica.
Na abertura do encontro, que reuniu estudantes, docentes e pesquisadores desta área, o director da faculdade, Prof. Doutor Xavier Muianga, disse que o planeta terra está sendo inundado por plásticos que originam danos ambientais, saúde humana e desestabilização do clima.
“A poluição plástica transformou-se numa crise global que exige atenção e acções imediatas e contínuas de todos”, disse.
Afirmou que, a Faculdade de Edução deve participar activamente na campanha de sensibilização, com acções que visam a redução drástica de plásticos desnecessários e problemáticos ou substituição por alternativas duráveis e sustentáveis.
O docente e investigador da UEM, Prof. Doutor Elias Manjate, referiu que o plástico deriva do petróleo, o que justifica a sua potencialidade de poluição na terra e nos oceanos.
“No entanto, a sua utilidade é inquestionável e a sua melhor forma de exposição final é problemática devido a sua velocidade de degradação. O tempo da decomposição varia em função do tipo de plástico, por exemplo, há garrafas que duram cerca de 450 anos e alguns contentores de plásticos levam mais de 80 anos, o que denuncia a gravidade do problema”, alertou.
Afirmou que no mundo há uma pandemia de plásticos, havendo desafio de enfrentar e encontrar soluções pontuais, sobre o risco de comprometer o bem-estar da humanidade.
Por sua vez, a representante do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, Nilza Zandamela, revelou que um dos grandes problemas enfrentados pelas autoridades locais tem a ver com a crescente produção de resíduos sólidos.
“Só para terem uma ideia, a Lixeira de Hulene recebe por dia cerca de 1300 toneladas de resíduos sólidos, dos quais 30 por cento são comerciais, destaque para o plástico. A urbanização, crescimento populacional e o facto de o plástico ser comercializado a um preço muito acessível podem ser algumas das causas desta poluição ambiental”, referiu.
Para além do debate, a Faculdade de Educação organizou também uma exposição e outros eventos culturais sobre a educação ambiental.

FONTE: UEM